Letras

Grão de Milho

Episódio 14 Apresentado por Henriqueta Maya

Tenho tanto pr’a te dar
Tanta história de encantar
Noites brancas de luar
Grão de Milho

Tenho um barco e um balão
Mil bolinhas de sabão
E uma estrela em cada mão
Ai, Grão de Milho

Tenho uvas, tenho mel
Um galope de corcel
Aos saltinhos no papel
Ai, Grão de Milho

Tenho o sol de manhãzinha
E à janela, uma andorinha
Quando saltares da caminha
Grão de Milho

Quero-te ver, nascer crescer,
Cantar, saltar, meu filho
Quero-te ver, nascer crescer,
Cantar, saltar, meu Grão de Milho

Tenho tanto p’ra te dar
Tanta história de encantar
Noites brancas de luar
Grão de Milho

Tenho as rosas de um jardim
Pandeireta e bandolim
E estes olhos de Aladim
Ai, Grão de Milho

Tenho sempre no bornal
Um chilreio de um pardal
Bailarinas de cristal
Ai, Grão de Milho

Tenho a manta e o leitinho
E um lençol de fresco linho
P’ra quando tiveres soninho
Ai, Grão de Milho

Quero-te ver, nascer crescer,
Cantar, saltar, meu filho
Quero-te ver, nascer crescer,
Cantar, saltar, meu Grão de Milho.

O Sapateiro e o Vizinho Rico

Episódio 13 Apresentado por José Gomes

Sapateiro a trabalhar
Todo o dia cantarola
O martelo a dar a dar
Entre a sola e a meia-sola

Entre a sola e a meia-sola
Pouco consegues ganhar
Está vazia a caçarola
Sapateiro a trabalhar

Sapateiro sapateia
Todo o dia tão cansado
Chega à noite a lua cheia
Bate bem esse calçado

Bate bem esse calçado
Pois só colhe quem semeia
Sempre pobre mas honrado
Sapateiro sapateia

Procura procura bem
Sapateiro remendão
Procura procura bem
Hás-de achar um dinheirão

Sapateiro, sapateiro
Sapateiro remendão
Não procuraste o dinheiro
Por dentro daquele pão

Por dentro daquele pão
Ou no tronco do pinheiro
Estava mais que um dinheirão
Sapateiro, sapateiro

Mas no mais fundo do mar
Um peixinho especial
Trouxe uma pedra a brilhar
Diamante de cristal

Diamante de cristal
O sapateiro a cantar
Veio oiro em vez de sal
Lá do mais fundo do mar

Procura procura bem
Sapateiro remendão
Procura procura bem
Hás-de achar um dinheirão

A Velhas e as Crianças

Episódio 11 Apresentado por Amélia Videira

Linda padeirinha, ateia o carvão
Amassa a farinha, faz cozer o pão
P’la noite fora, coze o pão no forno
E ao romper de aurora, está fofinho e morno

Linda padeirinha, tu és nossa amiga
Chegando à noitinha canta uma cantiga

Linda cadeirinha, ateia o carvão
Amassa a farinha, faz cozer o pão
P’la noite fora, coze o pão no forno
E ao romper de aurora, está fofinho e morno

Linda padeirinha, tu és nossa amiga
Chegando à noitinha canta uma cantiga

Bruxa velha bruxa velha, bruxa má
Não te escondes, bem te vi!
Se não queres um castigo, vai-te embora já daqui!

Bruxa velha bruxa velha, bruxa má
Não te escondes, bem te vi!
Se não queres um castigo, vai-te embora já daqui!

Linda padeirinha, tu és nossa amiga
Chegando à noitinha, canta um cantiga
P’la noite fora, coze o pão no forno
E ao romper da aurora, está fofinho e morno

Faz o meu menino dormir e sonhar
Guarda-lha um pãozinho p’ra quando acordar

Bruxa velha bruxa velha, bruxa má
Não te escondes, bem te vi!
Se não queres um castigo, vai-te embora já daqui!

Sete luas, sete sois, apontados para ti
Se não queres um castigo, vai-te embora já daqui!

Bruxa velha bruxa velha, bruxa má
Não te escondes, bem te vi!
Se não queres um castigo, vai-te embora já daqui!

A Cantiga Baralhada

Episódio 4 Apresntado por Canto e Castro

Eu tinha uma cantiga p’ra cantar, p’ra contar
Um história muito antiga de pasmar
Caíram-me os versos ao chão, ai que maçada!
A cantiga ficou toda baralhada

O cão comeu a vara da justiça
E o rato queimou o rabo do gato
O boi já não sabia o que pensar
Resolveu começar a miar

O rei roeu a saia da rainha… coitadinha
Sem deixar uma só linha
Depois saiu p’ra rua a cantar vitória
E casou com uma galinha que não era desta história

Há muitas histórias assim
É um nunca mais acabar
Parecem que estão no fim
E estão sempre a começar. Ai…

A Gaita Milagrosa

Episódio 9 Apresentado por Fernando Gomes

Boa tarde meus meninos
Quero ver todos contentes
Que eu venho p’raqui contar
A história surpreendente

De um gaita de pasmar
Que mal começa a tocar
Põe a bailar toda a gente

Basta um toque desta gaita
E arrebenta a confusão
Baila o novo e baila o velho
Bailam todos que aqui estão

Baila o jumento que é burro
Mais o seu dono casmurro
E cai a loiça no chão

Siga a dança, rapariga, siga a dança rapazolas
Um já pegou no tambor, outro toca castanholas
E até a mãe do juiz salta da cama feliz
E põe-se a bailar em ceroulas

Toca a gaita meu gaiteiro
Toca a gaita sem parar
Põe depressa toda a gente
Aos saltinhos a pular

Quero ver a terra inteira
Numa alegre brincadeira
Sempre a rodar, a rodar…

Siga a dança, rapariga, siga a dança rapazolas
Um já pegou no tambor, outro toca castanholas
E até a mãe do juiz salta da cama feliz
E põe-se a bailar em ceroulas

Sempre a rodar, a rodar… põe a bailar toda a gente
E cai a loiça no chão… põe-se a bailar em ceroulas…